quinta-feira, 11 de julho de 2024

Doris Day vista do cemitério

      «Um dos primeiros filmes que vi (talvez tivesse uns onze ou doze anos) era com Doris Day. O cinema da freguesia estava a ser construído e, como a maioria dos espectáculos era para «Maiores de 16 anos», um grupo de rapazes saltava a parede do cemitério, contígua a uma das paredes do edifício em construção, e víamos os filmes do cemitério. Não ouvíamos o som mas, apesar disso, desfrutávamos muito da camaradagem e dos filmes. Íamos ao cinema - ou às fitas, como quase todos diziam - ao cemitério![...]»

              Francisco Cota Fagundes, No fio da vida - Uma odisseia luso-açoriana, 2013, p. 57 [edição em inglês de 2000]; [datado de 1990]