domingo, 31 de outubro de 2021

«A nossa imaginação...»

     Da crónica de hoje de MEC - «Os mortos irrequietos», ora aí vai uma frase que poderia «arrumar com» «recente polémica» sobre os efeitos de uma série na FLIX...: 

[...] A nossa imaginação é mais terrível do que a imaginação industrializada que vai parar aos filmes. 

É por isso que há contos e livros que fazem mesmo medo, ao contrário de quase todos os filmes de terror: porque o trabalhinho final é feito por nós. [...]

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

«o cinema como arte narrativa» («Cry Macho») e «aproximar-se do paraíso»

- ontem, pelas 15 e 40, na base da ESCAD. principal da Escola do Paraíso,  «pedindo segredo»,  depois de falar da MANIF. dessa manhã, M. G. (30 PRIM., grande «cine-leitor»), revelou a R. que, vai [...] [«e o resto não se diz»]

Foto do «DN»

[...] criadores como Eastwood não abdicam de cultivar o cinema como uma maravilhosa arte narrativa. O prazer visceral de contar histórias não será o paraíso, mas anda lá perto.

[sublinhados acrescentados]

sábado, 17 de abril de 2021

«papas feitas» OU mais «desgostos fílmicos»

 - desta vez, M. E. C. , em «Papas feitas»,  «arrasa» as «séries», que, de tão banais ou iguais que são... [...]

RECORTE INICIAL:

Estava eu a tentar ver o primeiro episódio de uma nova série e a perder a paciência quando me amaldiçoei por ser tão esquisito. Para cada série ou filme que consigo ver até ao fim há vinte ou trinta ou quarenta dos quais desisto logo ao princípio. O que é que se passa? Será que vi filmes e séries a mais, que é cada vez mais difícil interessar-me? [...]

domingo, 11 de abril de 2021

«desgostos fílmicos»...; M. E. C.

 - «Crónica sobre os primeiros filmes...», com alguns trocadilhos...; , a de 5 de Abril, só hoje, domingo, lida;

RECORTEs:

[...] Os meus pais chateavam-me para que explicasse porque é que não gostava. [...] Eu usava a minha fúria – de ter de estar a ver uma coisa que não me agradava – para dizer mal do filme, de preferência de uma maneira que amolgasse um bocadinho o prazer deles.

Essa prática crítica não ajuda apenas a dizer mal. A experiência de ver maus filmes ajuda-nos mais tarde a detectar os maus filmes [...]
Poupa-nos horas e dias e anos de desgostos fílmicos. Aprendemos a ler os sinais – os primeiros planos, as primeiras falas, o guarda-roupa, a qualidade dos enquadramentos – e assim desenvolvemos uma capacidade diabólica para fugir da cruz. [...]

quinta-feira, 25 de março de 2021

«Esplendor na relva», Ruy Belo

 - (re)localizado artigo de Luís Miguel Queiroz, no «Público», em 2015 -«Uma poesia que aprendeu a ver...» sobre o poema inspirado no  filme de Elia Kazan, roteirizando a sua possível datação e processo de escrita, com reprodução de manuscrito e dactiloscrito de mesmo [...]

ESPLENDOR NA RELVA

Eu sei que deanie loomis não existe
mas entre as mais essa mulher caminha
e a sua evolução segue uma linha
que à imaginação pura resiste

A vida passa e em passar consiste
e embora eu não tenha a que tinha
ao começar há pouco esta minha
evocação de deanie quem desiste

na flor que dentro em breve há-de murchar?
(e aquela que no auge a não olhar
que saiba que passou e que jamais

lhe será dado a ver o que ela era)
Mas em deanie prossegue a primavera
e vejo que caminha entre as mais

Ruy Belo, Homen de palavra(s); verificado na p. 333 da edição de 2009, de Todos os poemas 

sábado, 27 de fevereiro de 2021

A., a «Cinéfila» (Carta a...)

 A.:
O cinema «Ideal» é uma das raras «recuperações» de Cinemas «físicos» na Lisboa das últimas décadas...
Lá viu D., em Set. de 2014, com a General, a «adaptação pintada» de «Os Maias», por João Botelho, com presença (atrasada) deste...; 
Na Geografia de  Infância, era um dos Cinemas aonde D. ia, para as «Matinés» de sábado ou de domingo: aventuras, «coboiadas» e afins...; o outro era o «Cinearte», em Santos...; 
O «Ideal» de então tinha a alcunha de «Piolho», devido à literal proliferação desse bicho, na plateia «mal-cheirosa» de trabalhadores braçais, marítimos, operários, estivadores e outros...;
Foi lá que, após 75-76, viu «Saló...», de Pasolini («confusamente» integrado em ciclo de Filmes «Porno» - a Fase de então do «Ideal»...) ; saiu com «o estômago às voltas», e não foi só por causa dos cheiros... [então, a «Plateia», é melhor não a descrever...]
Depois, o Ideal teve a fase do «Cinema Indiano», por décadas, até ao Projecto acima referido: espaço para cinema de «qualidade»...

Tudo isto porque pode ver o filme de Abel Ferrara, também ele um cineasta «controverso», de 2014, na «RTP PlaY»; trata o «último dia» da vida de Pasolini; artista mais controverso, no Século XX europeu, dificilmente haverá...

Para ver «Saló...», convirá «proteger» o estômago... e o «resto»

Bons filmes, então, A.