sábado, 19 de fevereiro de 2022

O menino que ia ao Chiado Terrasse OU «Dava um ano de ordenado...»

 - M. BIC., do 3.º Bloco, DISL., «atordoada» com a Escrita Saramag., veio colocar uma questão que «conduziu» a Almada e a Lobo Antunes....; 

-  R.  enviou-lhe o Endereço (da «Visão») onde «repousam» Crónicas de L. A. [por enquanto, e sabe-se lá até quando...];

- releu algumas e coloca aqui o recorte inicial da intitulada: «Dava um ano de ordenado por um minuto da minha infância perdida»   [de 2017]


(Susa Monteiro)

Porque cruel motivo nenhum cinema passa os filmes de que mais gostei na vida e dos quais tenho uma saudade infinita? Escrevo isto e lembro-me logo de uma frase de Dinis Machado em “O que diz Molero”: “Ó país de cristal que longe eu estou; dava um ano de ordenado por um minuto da minha infância perdida”. Dava mais do que um ano de ordenado, dava tudo para tornar a ver os desenhos animados da minha infância, que a tia Madalena nos levava a assistir aos domingos à tarde, num sítio chamado Chiado Terrasse, que de certeza já não existe e onde me sentia o garoto mais feliz do mundo. As luzes apagavam-se devagarinho, o écran iluminava-se e principiava a minha alegria, uma alegria como nunca voltei a sentir. Não apenas a alegria: um prazer sem fim. [...]:

https://visao.sapo.pt/opiniao/ponto-de-vista/2017-12-21-dava-um-ano-de-ordenado-por-um-minuto-da-minha-infancia-perdida/